A gordura despejada na pia é quase tão prejudicial quanto jogar lixo na rua. O tratamento de água fica prejudicado e, se as caixas de gordura não forem higienizadas corretamente, o fluxo pode voltar à residência e causar problemas. Separar o lixo ou descartar corretamente restos de comida não é suficiente. É preciso também cuidado intenso no trato da gordura e dos óleos.
Uma família gera pelo menos 1,5 litro de óleo de cozinha por mês. E para informação, 1 litro apenas já é responsável pela poluição de 1 milhão de litros de água. A dificuldade está no fato de que óleo e gordura são insolúveis, ou seja, não se dissolvem na água.
Se despejados na pia inadequadamente, podem levantar riscos graves ao meio ambiente além de entupimento de tubulações e das galerias de esgoto, causando rompimentos nas redes de coleta. Se despejados no solo, por exemplo, podem impermeabilizá-lo e, assim, ser mais um agente em potencial para o agravamento das enchentes, além de dificultar o surgimento de vida neste local. O óleo, quando entra no processo de decomposição, libera gás metano e causa mau cheiro, agravando ainda mais o problema do aquecimento global.
O SAAE recomenda que o óleo doméstico não seja jogado nos ralos e vasos sanitários dos imóveis. O melhor jeito de armazenar óleos e gorduras usados é mesmo em garrafas pet. Além de não descartar o óleo também não se descarta a própria embalagem pet.
Mas nada de jogar essa garrafa no lixo comum. A destinação correta é a reciclagem. E não é apenas o óleo usado em frituras que deve ter o descarte correto. A gordura das carnes - aquela que sobra no fundo das assadeiras, por exemplo - também entra na lista. Assim como a gordura comum, ela deve ser recolhida e encaminhada para postos de coleta e depois à reciclagem.